Atividade foi aberta com capacitação para profissionais de saúde que atuam no sistema penitenciário na capital
Julho é o mês da campanha estadual em alusão ao combate e prevenção à hanseníase, doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Na capital, a Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), realizou a abertura da atividade na segunda-feira (1º).
A solenidade de abertura foi realizada na Escola Estadual de Serviços Penais (Esep), através de capacitação técnica promovida pela Semusa, em parceria com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). O público-alvo da ação foram profissionais de saúde que atuam no sistema penitenciário estadual.
Sheila Arruda, coordenadora municipal da Vigilância da Hanseníase, destaca que o trabalho de combate à doença é realizado durante todo o ano, mas a campanha estadual vem para sensibilizar a todos sobre a importância de identificar os sinais.
“Nossas atividades para prevenir, diagnosticar e tratar a hanseníase já fazem parte da rotina da Semusa. Nessas campanhas, intensificamos o trabalho para alertar a todos. Dessa vez, uma das nossas linhas de atuação é com os profissionais que trabalham no sistema penitenciário. O nosso objetivo é capacitá-los para que possam saber identificar os sinais da doença e iniciar o tratamento”, destacou a coordenadora.
A diretora do Departamento de Políticas Penais da Sejus, Larissa Guedes, destacou a importância dessa capacitação e agradeceu ao trabalho das equipes da Semusa e Agevisa.
“A gente se sente muito honrado em recebê-los aqui nesse espaço da Esep, principalmente por estarem realizando essa capacitação, onde fomentam e proporcionam conhecimento para nossos profissionais de saúde. Agradeço demais essa articulação da Semusa e Agevisa”, declarou Larissa Guedes.
Uma das participantes da qualificação, a médica Adamira Lima, que atua em dois presídios na capital, falou sobre a importância da promoção do evento e como ele contribui para a coletividade.
“Esse momento, que estamos participando, é fundamental para as pessoas privadas de liberdade e, também, para toda a população. Atualmente, uma pessoa com suspeita de hanseníase é encaminhada para as unidades básicas de saúde para realizar o diagnóstico, mas com esse conhecimento que estamos adquirindo aqui, isso poderá ser feito nas próprias unidades prisionais mesmo, através de nós profissionais”, avaliou a médica.
Durante a capacitação, os profissionais participaram de palestras, rodas de conversa, onde sanaram dúvidas e aprenderam técnicas sobre o manejo da hanseníase. No entanto, essa é apenas uma fase da qualificação. Além do conhecimento teórico, os servidores também terão atividades práticas e educativas.
As ações de combate à hanseníase acontecem durante todo o mês de julho, em Porto Velho, em diferentes frentes de trabalho.
Confira a programação da coordenação municipal:
– Capacitação em Hanseníase de 01 a 04/07, das 8h às 12h: direcionada a profissionais de saúde e segurança, todos da Sejus, com atividades teóricas e práticas;
– Capacitação em Hanseníase – Estratégia de Busca Ativa de 12 a 16/07, das 8h às 12h: direcionada à profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família, com atividades teóricas e práticas, na USF Ronaldo Aragão;
– Encontro do Grupo de Autocuidado em hanseníase/GAC no dia 31/07, das 8h às 10h, na Policlínica Rafael Vaz e Silva
– Atividades ao longo do mês em todas as unidades de saúde
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae. Ela é transmitida quando a pessoa, na forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis, ou seja, com maior probabilidade de adoecer.
A transmissão ocorre através das vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento.
Os principais sintomas e sinais são sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, em muitos casos com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; caroços e placas em qualquer local do corpo; diminuição da força muscular, entre outros.
Texto: João Muniz
Foto: João Muniz
Superintendência Municipal de Comunicação (SMC)