DEBOCHE – Cruzando este diálogo do representante da aérea com a declaração do Conselheiro do CNJ, Marcelo Terto, é possível deduzir que a conta terminará sendo paga pelos consumidores rondonienses
Robson Oliveira
W0
Pelas movimentações nos bastidores da política, os entusiastas da pré-candidatura de Mariana Carvalho a prefeita da capital trabalham na surdina para limpar a área e tentar tirar da disputa qualquer adversário que possa levar a eleição para um segundo turno. O deputado federal Fernando Máximo, por exemplo, já foi informado que o União Brasil, o partido ao qual está filiado, pode lhe negar a candidatura mesmo sendo atualmente um forte concorrente. O PSDB, do prefeito Hildon Chaves, fechou questão no apoio à ex-deputada e o Cidadania do presidente da ALE, Marcelo Cruz, também está apalavrado. O PL e o PP, embora tivessem sido contatados por Maurício Carvalho, irmão da pré-candidata, ainda não definiram, mas as tratativas estão em curso. O PP resiste e quer um candidato próprio, o problema é que não tem nomes densos na capital. E o PL do senador Marcos Rogério tem como pretendente ao cargo o deputado federal Coronel Crisóstomo, um extremista que faz questão de berrar. A turma de Mariana sonha com um cenário tranquilo, se possível vencer a parada por W0. Falta combinar com os ‘Russos’.
SUBESTIMAR
Li por aí que não é de bom alvitre subestimar o advogado Vinícius Miguel numa disputa pelo paço da capital. E é verdade. Já ouvi em conversas informais algumas figuras proeminentes desdenharem. Ele é alguém que pode chegar a empolgar o eleitor, especialmente aquele eleitor que percebe de longe uma candidatura avatar (é o candidato criado pela IA, a voz é dele, a cara de outro) e Mariana é uma boa ilustração. Cada campanha tem suas próprias circunstâncias e características similares. Porto Velho inova sempre quando as candidaturas a prefeito não representam aquilo que está incutido no inconsciente coletivo. Os exemplos são fartos. Chiquilito ungiu o médico Victor Sadeck e seu candidato levou uma sova de José Guedes. Isto prova que nem sempre um prefeito bem avaliado – Chiquilito era uma espécie de mito municipal – consegue eleger o sucessor. Há outros exemplos semelhantes, mas é importante destacar que o eleitor de Porto Velho também escolhe o prefeito fora do espectro partidário, distante das castas partidárias. O próprio Hildon é uma prova cabal desta assertiva, e antes dele, outro exemplo clássico foi Roberto Sobrinho, único alcaide da capital a se eleger no primeiro turno , embora com fim desastroso. Cada campanha é diferente da campanha passada. Esta seguirá a mesma toada.