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Procuradora-geral do país, Diana Salazar revelou vínculos do narcotráfico com juízes, policiais e políticos na megaoperação conhecida como Metástase. Polêmica, ela enfrenta também um pedido de impeachment na Assembleia Nacional. A procuradora-geral do Equador, Diana Salazar.
Divulgação
Desde que expôs, no mês passado, as ligações do narcotráfico com juízes, procuradores, policiais e políticos, Diana Salazar recebeu 15 ameaças de morte e tornou-se a mulher mais visada do Equador.
A segurança pessoal da procuradora-geral do país é equiparada à do presidente Daniel Noboa: ela usa permanentemente um colete à prova de balas e tem escolta policial até para ir ao banheiro.
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Primeira mulher negra a ocupar o cargo, Salazar mexeu num vespeiro ao mandar para a prisão 30 personalidades da vida pública equatoriana, na megaoperação conhecida como Metástase, que envolveu 900 agentes em sete províncias.
Entre os juízes e policiais presos, estavam o presidente do Conselho da Magistratura, Wilman Terán, ligado ao ex-presidente Rafael Correa e acusado de conspirar com o crime organizado, e o ex-general da polícia Pablo Ramírez, o encarregado das penitenciárias equatorianas, comandadas, de fato, pelas facções criminosas.
A procuradora-geral, de 42 anos, descreveu a operação como o maior processo contra a corrupção e o tráfico de drogas da História do país: “Trata-se de um claro raio X sobre como o tráfico de drogas se apoderou das instituições do Estado para operar com dinheiro ilícito de órgãos judiciais e políticos para alcançar a impunidade.”
A investigação fez Salazar prever – e acertar – a escalada de violência que o Equador enfrentaria em seguida. A fuga de dois chefões do tráfico, os ataques a emissoras e universidades e explosões nas ruas de Guayaquil levaram o presidente a decretar estado de conflito armado no país e declarar guerra contra o narcotráfico.
O decreto permite a intervenção das forças militares no combate a 22 grupos criminosos, considerados terroristas pelo presidente.
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A procuradora manteve o tom desafiador mesmo após o assassinato do promotor César Suárez, na quarta-feira (17), quando investigava o ataque armado às instalações da emissora TC, em Guayaquil:
“É impossível não ficar arrasada com a morte de um colega na luta contra o crime organizado. Serei enfática: grupos do crime organizado, criminosos, terroristas não vão impedir o nosso compromisso com a sociedade equatoriana, continuaremos com mais força, por ele, pelo país e pela justiça”, assegurou ela, numa mensagem publicada na rede social X.
A atuação de Salazar divide os equatorianos, que a descrevem como heroína ou vilã, dependendo do grupo ideológico.
Ela está há 22 anos no Ministério Público e foi nomeada para o cargo de procuradora-geral em 2019 para um período de seis anos, por meio de um concurso também questionado por seus detratores. Antes disso, ela investigou os principais casos de corrupção que abalaram o país.
Esteve à frente dos processos de fraudes na Federação Equatoriana de Futebol, que renderam a condenação por seis anos de prisão de seu presidente, Luis Chiriboga Acosta; e na Odebrecht, em que o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas foi sentenciado a seis anos por associação ilícita.
Como procuradora-geral, Salazar processou Rafael Correa por corrupção e pediu a pena de oito anos para o ex-presidente, que foi condenado e está exilado na Bélgica.
As maiores críticas ao trabalho de Salazar vêm da ala ligada ao correísmo, que a acusam de ser seletiva e não tão rígida nas investigações de corrupção que envolveram os ex-presidentes Lenín Moreno e Guillermo Lasso.
Por isso, ela enfrenta um pedido de impeachment na Assembleia Nacional, promovido pelo partido Revolução Cidadã, que embora tenha a maior bancada na Casa, ainda não conseguiu os 70 votos necessários para censurá-la.
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