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Ataques dos rebeldes Houthis contra navios mercantes que consideram “ter relação com Israel” pesam sobre as exportações chinesas. Navio porta-contêineres no porto de Xangai, no leste da China, em foto de abril de 2022
Chen Jianli/Xinhua via AP
Depois dos anos de restrições sanitárias devido à Covid-19, a crise no Mar Vermelho é a gota d’agua para a China, e preocupa os exportadores na costa leste do país. Além dos atrasos nas entregas, eles enfrentam o aumento de preços.
“Há dois impactos principais desta crise”, explica Marco Castelli, fundador da IC Trade, com sede em Yiwu, no sudeste do país, que exporta peças mecânicas fabricadas na China para a Europa.
“O primeiro é o prolongamento dos prazos de envio. Os tempos de trânsito são mais longos. Demora cerca de 20 a 25 dias a mais do que o normal. Este é então um problema de liquidez e estoque para clientes e fornecedores”, diz.
“E o segundo impacto são os preços do transporte, que estão aumentando”, explica. Os custos dos contêineres foram multiplicados por 3 ou até 4, diz o especialista, dependendo da urgência da entrega. Alguns importadores já cancelaram parte de seus pedidos.
“Ainda está melhor do que durante o vírus. Há altos e baixos nos negócios, estamos tentando nos adaptar”, explica o intermediário, que trabalha com muitos clientes na Europa e na África.
“Mas espero que não dure. Neste momento o transporte é supercaro. Passamos de 2 mil para 6 mil euros um contêiner para França. Então, aqueles que não estão com falta de estoques dizem que vão esperar pelo feriado chinês no próximo mês, na esperança de que os preços caiam novamente”, lamenta.
“Tenho um cliente marroquino que me disse que ainda tinha um pouco de estoque e que esperaria até depois Ano Novo Chinês para a entrega, porque neste momento o transporte está muito caro. Mas os clientes que realmente precisam de seus produtos não têm escolha. Para os comerciantes, as lojas devem funcionar e é o cliente final que vai pagar o preço”, diz.
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Desaceleração
A inflação pesa sobre os consumidores, mas também pode desacelerar toda a cadeia de produção. O risco, a longo prazo, é alguns clientes deslocalizarem sua produção com, novamente, duas consequências em termos logísticos, avalia Marco Castelli.
“A primeira é que você tem prazos de entrega e trânsito mais longos, e tem de encomendar mais produtos para manter o seu nível de estoque. Portanto, se precisar de mais tempo, você precisará de mais mercadorias em seu estoque, pois o próximo estoque chegará mais tarde”, explica.
“Então, você tem que gastar dinheiro e eventualmente pensar em deslocalizar seus pedidos. Mas a mudança não é tão fácil e, acima de tudo, não pode ser feita rapidamente. A primeira consequência é, então, que a empresa tem que comprar mais produtos e isso leva a problemas de liquidez”, completa.
Para algumas fábricas na China, o comércio com a Europa e a África representa até 40% da atividade global. Por isso, a crise no Mar Vermelho pode pesar também sobre o emprego. Isso explica as preocupações de Pequim.
“As águas do Mar Vermelho constituem uma importante rota comercial internacional de bens e energia”, disse Mao Ning, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, na sexta-feira.
Há urgência, porque em menos de três semanas começam os feriados do Ano Novo Lunar, quando cerca de 300 milhões de trabalhadores migrantes saem de férias e as fábricas fecham.
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