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As autoridades da Argentina afirmaram que baixaram uma ‘resolução migratória’ para extraditar a família de Fito –entre as pessoas deportadas está uma criança de 4 anos. Violência no Equador: equipe de TV atacada e brasileiro sequestrado relatam momentos de Terror
A mulher e os filhos do traficante equatoriano Adolfo Macías, conhecido como Fito, que fugiu recentemente de um presídio em Guayaquil, no Equador, foram detidos na Argentina e expulsos do país, informaram as autoridades nesta sexta-feira (19).
Os familiares de Fito, líder da facção Los Choneros, cuja fuga desencadeou uma onda de violência no Equador, foram presos em um condomínio da província de Córdoba, disse a ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich, em entrevista coletiva.
Os familiares são:
Mariela Peñarieta, de 48 anos, a mulher de Fito,
Michelle Macías Peñarieta, de 21 anos, Ilse María Macías Peñarieta , de 12 anos e Lian Sejam Macías Peñarieta, de 4 anos, filhos de Fito.
A ministra afirmou que a esposa de Macías e seus filhos e outros membros do “clã” chegaram a um condomínio privado de Córdoba no dia 5 de janeiro, dias antes da fuga de Macías de uma prisão em Guayaquil.
Bullrich afirmou que ter conseguido deportar a família tão rapidamente é “um êxito” e que está orgulhosa pelo fato de que a Argentina seja supostamente um território hostil “para uma facção de traficantes de drogas vir e se estabelecer”.
O avião da Força Aérea com a família partiu na manhã desta sexta-feira.
O secretário de Segurança de Córdoba, Juan Pablo Quinteros, disse que o governo baixou uma “resolução migratória” que cancelou a residência temporária da família e, assim, retiveram e expulsaram as pessoas do país.
Fuga da prisão
As autoridades se deram conta de que Fito não estava na prisão, mas ainda não se sabe como ele escapou. O destino dele é desconhecido. O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou que é possível que Fito esteja na Colômbia
Em entrevista à rádio W da Colômbia, o presidente equatoriano, Daniel Noboa, disse que pediu a Gustavo Petro, o presidente colombiano, que expandisse a cooperação entre os dois países e “aplicasse uma busca intensa no país”.
Crise de segurança
Segundo o constitucionalista Ismael Quintana, em entrevista ao canal Teleamazonas do Equador, se os familiares de Fito não tiverem ordem de prisão preventiva, ou dívida pendente com a Justiça, devem ser libertados quando chegarem ao seu país. A polícia não informou, no entanto, se este é o caso.
Inda Peñarriera, que é enfermeira, foi investigada em 2020 por lavagem de dinheiro, fraude fiscal e enriquecimento privado injustificado desde 2014. Dois anos depois foi declarada inocente, segundo investigação do portal Primicias.
Ainda de acordo com este portal, Peñarriera, seus dois irmãos e outros dois familiares de Macías enfrentaram processos judiciais por crime organizado, associação ilícita, homicídio, posse de armas e roubo.
A crise de segurança no Equador foi desencadeada pela fuga de Fito, seguida por motins nas prisões, sequestros policiais e ataques com explosivos.
No dia 9 de janeiro, homens armados invadiram um canal de TV e transmitiram a ação ao vivo. Isso levou o presidente Noboa a declarar um conflito armado interno e a ordenar uma luta contra cerca de 20 facções.
Na quarta-feira, o promotor César Suárez, que investigava o ataque ao canal, foi morto a tiros em um bairro de Guayaquil.
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