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Começa nesta segunda-feira (15) o processo para definição do candidato Republicano que disputará a eleição presidencial, marcada para novembro. Segundo pesquisa, ex-presidente tem ampla vantagem sobre adversários republicanos. O pré-candidato republicano Donald Trump se prepara para um comício virtual em Des Moines, em Iowa, estado que fará a primeira primária republicana para definição do candidato a presidente.
Chip Somodevilla/Getty Images/AFP
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump vencerá indiscutivelmente a primeira rodada das primárias republicanas? Ou seus adversários Nikki Haley e Ron DeSantis conseguirão reagir?
A resposta virá na segunda-feira (15), no estado de Iowa, sob neve, dia que marcará o pontapé inicial da corrida eleitoral no Partido Republicano.
O ex-presidente, indiciado quatro vezes em tribunal, enfrentará agora o julgamento dos eleitores pela primeira vez desde que deixou a Casa Branca, no meio de um caos inimaginável.
Apesar de seus problemas com a Justiça, ele tem, segundo as pesquisas, uma das maiores vantagens da história sobre seus rivais republicanos.
Nos Estados Unidos, a definição dos candidatos que disputarão a eleição presidencial pelos dois principais partidos (Republicano e Democrata) é feita por uma série de eleições em cada estado, as chamadas eleições primárias.
Este processo começa nesta segunda-feira (15) com a primária do Partido Republicano em Iowa, quando os eleitores se reúnem em bibliotecas e quartéis de bombeiros desse estado agrícola para designar seu candidato.
O resultado deve ser conhecido a partir das 19h locais (23h em Brasília) desta segunda.
Canções de vitória
“Ganharemos com folga”, prometeu Trump, cujos simpatizantes prestam pouca atenção aos seus problemas judiciais.
Em Iowa, seus apoiadores atuam em todos os cantos do estado e multiplicam os contatos telefônicos. “Podemos fazer até 200 ligações por hora”, diz Valentina Gomez, que trabalha na sede de campanha do candidato.
Neste domingo (14), o ex-presidente é esperado em Indianola, uma cidade no centro de Iowa, onde deve fazer um evento depois de cancelar vários compromissos de campanha no sábado (13), em meio a uma tempestade de neve.
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O frio vai atrapalhar?
Na cidade de Indianola, no estado de Iowa, sob temperaturas negativas, eleitores esperam em fila para participar de comício com Donald Trump, pré-candidato do partido Republicano à Presidência dos EUA.
Scott Olson/Getty Images/AFP
Os habitantes de Iowa podem ter que lidar com um imprevisto: o frio mais intenso dos últimos anos em uma campanha presidencial no estado, com temperaturas que podem chegar a -32°C, neve e estradas cobertas de gelo.
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Confiantes em sua vitória, os eleitores de Trump irão votar nestas condições?
“Farei isso se meu carro quiser sair da garagem!”, diz Jeff Nikolas, de 37 anos, rindo.
Para este caminhoneiro, com quem a equipe da agência internacional de notícias AFP cruzou quando ia comprar um aparelho de calefação, apenas Trump é capaz de “acabar com toda a estupidez que está acontecendo no mundo neste momento”.
Nikki Haley, Ron DeSantis
O governador da Flórida e pré-candidato à Presidência pelo partido Republicano, Ron de Santis, fala em evento de campanha em Iowa.
Christian Monterrosa/AFP
Trump enfrenta cinco pré-candidatos. Entre eles, apenas dois parecem ter alguma chance.
De um lado, está a ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley, a única mulher na disputa. A ex-governadora da Carolina do Sul é muito apreciada pelo setor empresarial.
Ex-embaixadora dos EUA na ONU e pré-candidata à Presidência pelo partido Republicano, Nikki Haley, fala com eleitores em evento em Davenport, Iowa.
Win McNamee/Getty Images/AFP
Do outro, está o governador da Flórida, Ron de Santis, um conservador com posições duras sobre imigração e aborto. Ex-oficial da Marinha, ele apostou todas as fichas em Iowa e visitou todos os 99 condados do estado nos últimos meses.
“Tem um bom senso de liderança”, diz Ben Rummelhart, de 33 anos, que considera Trump “vulnerável” por “todos os seus problemas judiciais”.
Neste domingo, DeSantis insistiu em que seus apoiadores “muito motivados” vão comparecer em massa para apoiá-lo em Iowa, apesar do mau tempo.
“Tragam amigos e familiares, isso terá um forte impacto” no resultado, disse DeSantis à emissora ABC.
De acordo com pesquisa dos veículos Des Moines Register, NBC News e Mediacom publicada no sábado (13), Trump sairia vitorioso em Iowa, com 48% de aprovação, à frente de Haley, com 20%, e Ron DeSantis, com 16%.
Observadores não excluem, porém, que um dos dois principais concorrentes de Trump surpreenda e fique com parte da enorme vantagem do empresário. Se Trump não obtiver a vitória esmagadora antecipada pelas sondagens em Iowa, corre o risco de parecer mais fraco para o restante das primárias.
New Hampshire, Carolina do Sul
Trump insulta juiz nos argumentos finais de ação sobre fraude financeira
A partir da próxima semana, os pré-candidatos competirão em New Hampshire, depois em Nevada e na Carolina do Sul, em fevereiro.
Um após outro, os 50 estados da União votarão até junho para proclamar, em julho, o candidato republicano à Presidência dos EUA durante a Convenção Nacional do partido.
Para Trump, de 77 anos, a prioridade é garantir a vitória antes do início de seus julgamentos, alguns previstos para março.
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E os democratas?
Com apoio garantido em seu partido, o presidente Joe Biden, de 81 anos, deve, salvo grande surpresa, ser o candidato oficial, apesar das repetidas críticas à sua idade.
O legislador por Minnesota Dean Phillips e a escritora Marianne Williamson tentarão destroná-lo, aparentemente sem chances reais.
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