Porto Velho, RO – Daniel Alves, ex-jogador do São Paulo e do Barcelona, recebeu suporte financeiro e jurídico da família de Neymar, conforme relatado pelo portal UOL. Aproximadamente um ano após ser detido sob acusação de estupro, Alves teria solicitado ajuda ao pai de Neymar, Neymar da Silva Santos, que, segundo a fonte, depositou 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) para auxiliar no pagamento de uma multa associado à atenuação de peças de dano causado na Justiça da Espanha.
O jogador afirma que a relação foi consensual e mantém sua inocência diante das acusações. A assessoria de Neymar não se pronunciou quando procurada pelo Estadão.
A quantidade significativa pela família de Neymar visa reduzir a pena de Daniel Alves em caso de reportagens. Mesmo diante do pedido inicial de 12 anos de prisão pelo Ministério Público da Espanha, a tendência é que, com a aplicação da atenuante, Alves cumpra no máximo seis anos de reclusão. A advogada do denunciante contesta a possibilidade de redução da pena.
A transação, datada de 9 de agosto do ano passado, foi comprovada por um recibo de transferência de valor à ex-advogada de Daniel Alves, Miraida Puentes, que não se manifestou sobre o assunto ao ser procurado pelo site. O advogado Cristóbal Martell, que trabalhou na defesa do brasileiro, decidiu comentar o caso. Atualmente, Inés Guardiola representa Daniel Alves no processo.
Além do apoio jurídico de Gustavo Xisto, um dos representantes mais antigos das empresas do pai de Neymar, Daniel Alves constituiu o advogado como procurador em junho de 2023. A mãe dos filhos do atleta, Dinorah Santana, anteriormente sócia, foi destituída da gestão do patrimônio de Alves no mesmo dia. O advogado Xisto não se pronunciou quando procurado pelo Estadão.
Dinorah, por sua vez, acionou a Justiça do Rio de Janeiro em agosto do ano passado, buscando R$ 13 milhões na pensão alimentícia de Daniel Alves. O jogador teve R$ 7 milhões bloqueados, além de 30% do que recebe mensalmente do São Paulo referente ao acordo de pagamento de atrasos de atraso.
O julgamento de Daniel Alves está marcado para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro na Justiça Espanhola. Além do pedido de 12 anos de reclusão, o Ministério Público solicita dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e a proibição de aproximação e comunicação com a vítima pelo mesmo período. Ao longo do período detido, Daniel Alves alterou sua versão do caso, trocou de defesa e teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga.