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Entendimento do grupo é que ‘fake news’ atingem conhecimento das pessoas sobre temas como democracia, vacinação e aquecimento global, por exemplo. Segundo G20, ONU tem pedido propostas regulatórias. Integrantes da diplomacia brasileira informaram nesta quinta-feira (11) à GloboNews que o país avalia pautar no G20 discussões sobre regulação das plataformas digitais.
O objetivo, segundo esses diplomatas, é propor medidas que, em nível global, possam preservar a integridade das informações disseminadas entre as populações, combatendo as chamadas “fake news”.
O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro do ano passado e vai comandar o grupo até novembro deste ano, quando acontecerá a cúpula de chefes de Estado no Rio de Janeiro.
Ao assumir o posto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que o país estabeleceu três eixos centrais de discussão:
inclusão social e combate à fome e à pobreza;
transição energética e desenvolvimento sustentável;
reforma da governança global.
O entendimento do governo brasileiro é que, a partir desses eixos centrais, diversos temas podem ser debatidos, incluindo o fortalecimento da democracia em nível global e também as ações relacionadas às plataformas digitais.
Integridade da informação
Segundo a página oficial do G20, o grupo entende que a chamada integridade da informação – que abrange precisão, consistência e confiabilidade – é ameaçada pelas “fake news” e pelo discurso de ódio, principalmente nos meios digitais.
Diante disso, a expectativa é que o Grupo de Trabalho Economia Digital possa discutir o tema, propondo, por exemplo, a eventual adoção de políticas públicas ao redor do mundo que possam ajudar no combate à disseminação de conteúdo falso.
“O conceito de integridade da informação refere-se à precisão, consistência e confiabilidade da informação. Ela é ameaçada pela desinformação, pela informação falsa e pelo discurso de ódio que circulam, sobretudo, nos canais digitais”, destaca o G20.
“Por meio de narrativas negacionistas, atores estatais e não-estatais procuram engajar cidadãos e cidadãs em posições equivocadas”, acrescenta.
O texto não faz menção a um caso específico, mas, no Brasil, por exemplo, foram disseminadas durante a pandemia de Covid-19 “fake news” sobre as formas de prevenção da doença e também sobre as vacinas.
Além disso, em 2022, houve disseminação de conteúdo falso nas redes sociais sobre as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro.
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Pedido da ONU
Conforme o grupo, a Organização das Nações Unidas tem pedido aos países que elaborem propostas regulatórias para proteger a integridade da informação.
Segundo o G20, um levantamento da ONU indica que cerca de 60% dos usuários de internet no mundo estão preocupados com a desinformação nos meios digitais.
“A desinformação é descrita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como conteúdo falso ou enganoso que pode causar danos específicos, independentemente de motivações, consciência ou comportamentos”, afirma o G20.
No ano passado, a União Europeia publicou uma lista de obrigações a serem cumpridas pelas plataformas, entre as quais:
rotular anúncios e informar quem promoveu;
proibição de anúncios serem baseados em dados sensíveis do usuário;
direito dos usuários de não participar de sistemas de recomendação.
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