A região, estratégica para o transporte de gado por meio de balsas, representa um elevado risco sanitário, tornando crucial a vigilância aérea. A patrulha ocorre periodicamente com uma programação anual, abrangendo aproximadamente 1,4 mil quilômetros dos rios, de Guajará-Mirim até Pimenteiras do Oeste. A ação visa detectar e evitar o transporte irregular de animais, reduzindo os riscos de contaminação e protegendo a pecuária local.
Além das fronteiras fluviais, a fiscalização aérea estende-se às divisas com os estados do Mato Grosso e Amazonas. Em uma única missão, a equipe aérea pode percorrer mais de 2,5 mil quilômetros, sobrevoando não apenas os rios, mas também áreas de preservação e estradas não mapeadas, que podem servir como corredores para o trânsito ilegal de animais.
O presidente da Idaron, Júlio César, ressaltou que a ação aérea vai além do controle deanimais. “É fundamental identificar também o transporte de frutas e vegetais que podem contribuir para a distribuição de previsões de impacto econômico, como nematoides, câncer cítrico e monilíase do cacaueiro, entre outras”, explicou.
A fiscalização não se limita ao transporte irregular; ela permite à Idaron monitorar a presença de gado em áreas não cadastradas e observar a movimentação de rebanhos em grandes fazendas. Essa abordagem é essencial para combater atividades clandestinas, especialmente em localidades isoladas.
No último período de fiscalização, em 2023, uma equipe aérea da Agência cobriu uma área de 13 mil quilômetros, reforçando o compromisso com a segurança sanitária e econômica do agronegócio em Rondônia. A iniciativa demonstra o papel fundamental da Idaron na proteção da agropecuária e na preservação da biodiversidade na região.