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As autoridades do Equador perceberam que um dos criminosos mais perigosos do país não estava na penitenciária onde ele deveria estar cumprindo pena. Imagem de José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito
Reprodução/@ffaaecuador
O Ministério Público do Equador anunciou, no domingo (7) à noite que um dos principais criminosos do país, José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, não foi encontrado na prisão onde ele deveria estar cumprindo pena.
Fito, de 44 anos, é um dos líderes do grupo Los Choneros e considera-se que ele é um dos criminosos mais perigosos do Equador.
O comandante da polícia, César Zapata, disse que as autoridades se deram conta da “não presença” de Fito na prisão da cidade de Guayaquil onde ele cumpria pena, segundo texto do “El País”.
A polícia e o exército convocaram mais de 3.000 homens para tentar encontrar Fito, mas, até agora, o paradeiro dele continua desconhecido.
O Los Choneros começou suas atividades como um grupo de matadores de aluguel. Eles ampliaram sua atuação e passaram a também traficar drogas e praticar roubos. No Equador, os Choneros são considerados os primeiros a se associar com um grupo estrangeiro –no caso, o cartel de Sinaloa, do México.
Segundo o jornal “El Universo”, desde 2011 Fito cumpre uma pena de 34 anos (ele já esteve preso por 12). Ele é acusado dos seguintes crimes:
Roubo,
Participar de organização criminosa,
Posse de armas,
Assassinato.
Ele foi preso pela primeira vez no ano 2000, por roubo. Fito assumiu o controle do Los Choneros depois da morte do chefe anterior, José Luis Zambrano, conhecido como Raquiña.
Tomada na cela da prisão
No domingo pela manhã houve uma operação de forças policiais no centro penitenciário de Guayaquil onde Fito cumpria pena. O objetivo era encontrar armas e também tomadas nas celas.
Em dezembro, o presidente do país, Daniel Noboa, deu uma entrevista em que afirmou que a cela do líder de um grupo criminoso não deveria ter tomadas, e que Fito tinha quatro tomadas em seu cômodo, mais do que um quarto de hotel, segundo o presidente.
Videoclipe de um narcorrido
Em alguns países latino-americanos há um estilo de música chamado de “narcocorrido”. Assim como no caso dos “proibidões” no Brasil, as letras geralmente exaltam criminosos.
Houve um incômodo no Equador depois que Fito apareceu em um videoclipe de uma música de narcocorrido. Alguns trechos do vídeo foram gravados dentro da prisão.
O música do vídeo é um dueto entre o Mariachi Bravo e a cantora Queen Michelle, que é filha de Fito.
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