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Carmen Gloria, então uma universitária de 18 anos, sobreviveu às queimaduras. Rojas de Negri, um fotógrafo de 19 anos, morreu quatro dias depois. Homenagem a Rodrigo Rojas de Negri, que morreu queimado por militares no Chile, e Carmen Gloria Quintana, que sobreviveu a ataque
Martin Bernetti / AFP
A Justiça do Chile condenou na noite de sexta-feira (5) quatro soldados reformados (aposentados) a 20 anos de prisão pelo Caso Quemados, ocorrido em 1986, durante a ditadura de Augusto Pinochet.
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Em 2 de julho de 1986, em Santiago, durante um dia de protesto nacional, uma patrulha militar prendeu, agrediu, encharcou com combustível e queimou duas pessoas, Carmen Gloria Quintana e Rodrigo Rojas de Negri.
Carmen Gloria, então uma universitária de 18 anos, sobreviveu às queimaduras.
Rojas de Negri, um fotógrafo de 19 anos, morreu quatro dias depois.
A Suprema Corte condenou a 20 anos de prisão os seguintes oficiais reformados do Exército:
Pedro Fernández Dittus,
Julio Castañer González,
Iván Figueroa Canobra e
Nelson Medina Gálvez.
Também houve penas menores para quatro ex-recrutas, acusados de terem sido cúmplices, e outros dois ex-militares, por acobertamento.
O Caso Quemados foi um dos mais emblemáticos dos últimos anos da ditadura Pinochet (1973-1990), que deixou mais de 3.200 vítimas, entre assassinados e desaparecidos.
A sentença “põe fim a um processo longo, muito tortuoso, onde era necessário contestar uma tese oficial criada pelo próprio ditador, de que os próprios jovens se queimaram, porque carregavam bombas incendiárias em suas roupas”, declarou o advogado de Carmen Glória, Nelson Caucoto, citado pela rádio Cooperativa.
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